Foi no dia 15 de junho que se encerrou mais um ano da Catequese da Infância… Em todos os Centros da nossa Paróquia, as crianças, os catequistas e suas famílias juntaram-se para conviver em torno do pretexto de um lanche partilhado e algumas brincadeiras festivas… Uma tarde divertida, descontraída e plena de sorrisos e abraços… Alguns não vieram… Tinham as compras para fazer, a casa para arrumar, o futebol ou a piscina… Opções que cada um é livre de fazer, pois está claro…
Domingo, dia 16, Dia do Senhor… desolador o cenário na Eucaristia: os bancos normalmente reservados à Catequese estavam vazios… “Nada de novo”, dirão alguns! “Normal, chegaram as férias”, dirão outros. “Triste! Muito triste”, digo eu…
Ao longo do ano, os Catequistas deram o seu melhor… Um serviço voluntário, uma entrega diária no meio de mil e um afazeres exatamente iguais ao do mais comum dos mortais! Sim! Porque os Catequistas também vão às compras! Também têm filhos e família para cuidar! Sim! Os Catequistas também trabalham, estudam! “Óbvio!”, dirão alguns… Não… Não é tão óbvio como parece, meus caros! Há sempre aqueles que confundem o papel do Catequista com o papel de um qualquer trabalhador da área da educação que tem a obrigação de tomar conta dos nossos meninos, enquanto aproveitam para descansar deles um bocadinho… Há até quem pense que não temos mais nada que fazer e por isso nos dedicamos a estas coisas da Igreja… Magoa! Custa chegar ao final do ano e sentir que até parece que durante estes meses andamos a aborrecer o sossego das pessoas… Tantas cartinhas, tantos lanches, tantas atividades… E agora até andamos com a mania de querer que os pais venham à Catequese, vejam lá!
Talvez seja por isso que verificamos uma diminuição grande no número de pessoas interessadas em ser Catequistas… Não é qualquer um que está disposto a abdicar do descanso, da família, para vir fazer Catequese com os filhos dos outros!
Não! Não nos empenhamos com a intenção de sermos elogiados ou presenteados… Não estamos à espera de agradecimentos, pois prestamos serviço a Deus e não aos Homens e é Ele que nos recompensa com o dom da Vida, da Alegria e da Esperança… Mas… Que bom seria se após o encerramento da Catequese os bancos continuassem cheios dos sorrisos dos nossos meninos e meninas, acompanhados dos seus pais… Que bom seria…
Talvez no dia em que alguns se vejam confrontados com o facto de quererem um Catequista para os seus filhos e não o terem … Talvez aí se comece a dar mais valor a todas estas pessoas de bem que se entregam à apaixonante missão de semear nos mais pequenitos a sementinha da Fé! Mas não esqueçamos que fazê-la crescer, dar flores e frutos abundantes é responsabilidade não só dos Catequistas, mas de toda a Comunidade Cristã…
Boas férias com Jesus, na certeza de que Ele está sempre lá…
Fernanda Albertina